O Canto do Maldoror: Terra em
Transe em Transe, 2024
Teatro Municipal,
São Paulo - SP
Yghor Boy

O Canto do Maldoror: Terra em Transe em Transe
Quando os autores do Canto de Maldoror me convidaram para fazer a cenografia do espetáculo, imaginei um grande pêndulo no centro do palco que pulsaria em diferentes tempos.
Na minha imaginação esse pêndulo seria composto por luz, sendo assim, convidei o artista Wagner Antônio para elaborar essa estrutura híbrida em parceria.
Ao desenvolver a ideia em diálogo com os autores, chegamos à conclusão de que seria melhor ter quatro pêndulos ao invés de um, pois assim conseguiriamos articular os tempos e as alturas melódicas da obra (pitchs): o Presente Estendido, o Delírio, o Passado Diaz e o Passado Vieira.
No extremo inferior de cada pêndulo, Para-Raios invertidos sinalizam um desejo de captar a força e a intensidade dos acontecimentos do palco, como um sinal de conexão entre a pulsação dos pêndulos e as sonoridades sugeridas pela orquestração.
Sendo assim, nossos Pêndulos/Antenas, entram em cena pra materializar o tempo através de uma rigorosa coreografia.
Entre a imaginação e a realização de um projeto como esse, existe um misterioso espaço que só será preenchido com o público. É através desse encontro que será possível ver e ouvir toda essa complexa movimentação de forças.


O Canto de Maldoror: Terra em Transe em Transe Theatro Municipal

Nuno Ramos e Eduardo Climachauska, concepção e criação

Piero Schlochauer e Rodrigo Morte, orquestração

Gustavo Petri, regência

Érica Hindrikson, regência do Coro Lírico Municipal

Georgette Fadel, Marcela Lucatelli e Marat Descartes, solistas

Marcelo Cabral, contrabaixo

Laura Vinci, concepção cenográfica

Wagner Antônio, iluminação

Dimitri Luppi programação de luz

Maurízio Zelada, pêndulos: desenvolvimento e construção

Daniel Zagatti, pêndulos: desenvolvimento e montagem

Yghor Boy, fotografia e vídeo