TRIZ
Marcelo Guarnieri
Ribeirão Preto - SP

Fotos - Maurício Froldi

A artista ocupa a galeria com uma instalação site-specific, dando continuidade à sua investigação sobre as relações entre corpo, matéria, tempo e espaço. Materiais como o granito, o aço inoxidável, o latão, o vidro borossilicato e a fumaça são convocados novamente por Vinci, agora para dar forma a um conjunto de peças que dialogam com os elementos estruturais da arquitetura. Em TRIZ a ideia de orientação está em negociação entre o público e as obras, que juntos, constroem um espaço em estado de iminência. Doze escoras de aço inox sustentam sete tubos de latão polidos e envernizados acoplados a máquinas de fumaça acionadas automaticamente. Seu formato remete ao de uma corneta – instrumento que anuncia alguma presença ilustre, que instaura um momento de suspensão –, sua qualidade musical, no entanto, é substituída pelas qualidades visuais e olfativas da fumaça, provocando ao visitante alguma confusão sensorial. Dispostos na horizontal, estes tubos compõem, junto com as escoras verticais, desenhos de malhas quadriculadas, estruturas gráficas utilizadas como uma linguagem de orientação na cultura ocidental, desde a cartografia até a arte moderna. Em TRIZ, os eixos se cruzam, assim como as correntes se entrelaçam. Correntes formadas por círculos, por esferas; correntes que ziguezagueiam pelas paredes da galeria, unindo chão e teto, compondo uma espécie de medição de alturas. Suspensas do teto, penduram globos de vidro marcados por latitudes e longitudes, globos que podem encapsular pedras preciosas, remetendo-nos à dimensão mineral da geografia. Nesta exposição, o solo é reservado às peças de granito e mármore, em formas geométricas como a de um X, ou orgânicas como a de um casulo que escolheu como título a palavra “Sombra”. A mostra conta com texto crítico de Diego Matos

Anterior, Início
Previous, Index